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(Resenha) A Fada - Carolina Munhóz


Sinopse: Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresa em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano. Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu, por detrás da enevoada e mística cidade de Londres, um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não fosse parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais ao qual ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção. A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna. Uma fúria que pode conduzi-la a morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, A Fada é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela. “Uma história repleta de magia e espiritualidade.

Resenha:

Agora vamos a um livro nacional.

Antes de falar do livro vou contar um fato: Pra quem não sabe também sou escritora e desde que tirei meu primeiro livro do Clube de Autores e publiquei por uma editora, ando recebendo alguns convites para participar de eventos. O que é legal e frustrante ao mesmo tempo. Legal, porque posso mostrar meu trabalho e conhecer outros autores e seus trabalhos. E Frustrante, porque às vezes sou ignorada por meus colegas de profissão. Não gosto de receber olhares carregados de desdém. Isso me faz lembrar a época do ensino médio e também não fico nada feliz ao ouvir outros colegas criticando o trabalho dos outros com doses carregadas e inveja e dor de cotovelo. (Pronto! Falei! Estou até me sentindo mais leve).

No final do ano passado comprei o livro “A Fada” da autora Carolina Munhóz. E o mais legal de tudo, comprei numa livraria física. O que é, por si só, um milagre. Ah! E ele estava exposto na vitrine da livraria e todo enfeitado. Era época de Natal.

Como sempre comprei o livro e ele ficou lá, na minha pilha de livros esperando sua vez de ser lido. Enquanto ele aguardava, fui participando de eventos  e num deles conheci um autor, que fez uma observação... Um tanto bizarra! Ela foi mais ou menos assim:

Eu: Tenho um bando de livros nacionais
O colega: Quais?
Eu: Dragões de Titânia, Kaori, 90 anos antes, Immortales, A Última Nota, A Fada (Aí fui interrompida)
O colega: Já li A Fada (Com a voz carregada de desgosto). Como percebi o tom de desgosto na voz perguntei...
Eu: O livro é chato?
O colega: Mais ou menos. O livro é igual à autora... Perfeitinho, sem graça e fútil.

Confesso que fiquei com a pulga atrás da orelha. E acreditem, quando ela fica atrás da orelha, normalmente, descubro que o livro/autor só é tratado dessa maneira por causa da inveja.

Não li “A Fada” logo em seguida, demorou alguns meses. Mas acelerei a leitura, porque li o livro do colega critico. E posso dizer... Foi torturante. A ideia é legal, mas a execução foi terrível. Os detalhes foram jogados de qualquer jeito. Parecia que o autor jogou uma bomba atômica no livro e simplesmente deixou os destroços e nem se importou de arrumar.

E como estava acabando  outro livro, decidi... O próximo será “A Fada”.

Mas, infelizmente o livro não me agradou. Ele não é ruim. A autora foi bem criativa na construção da trama, mas a história de amor de Arthur e Melanie é muito rápida. Não vou dizer que é fora da realidade. Até porque sei que por trás da paixão súbita, há um feitiço bizarro. Então dá pra engolir.

A minha decepção é por causa do meu gosto, não pela autora ser ruim ou incompetente.
Também devo levar em conta que a autora escreveu o livro quando tinha 16 anos. Eu, que escrevi meu primeiro livro com 28 anos já fiz um monte de besteira. Imagina alguém com 12 anos a menos?

Também senti falta de um pouco de ação. Pensei que haveria algum tipo de guerra. Ou até mesmo que Mel seria ameaçada por algum opositor.
Quem vê a resenha vai ler e pensar... Por que raios você deu 4 estrelas lá no skoob, se o livro te decepcionou? Simples. Gostei do final. Vi muita gente dizendo que achou o final previsível e perfeitinho. Se fosse, Mel não teria o fim que teve. Ela teria terminado... Bem, quem leu sabe.

 Mesmo com as decepções, recomendo o livro. Afinal, não sou nazista para impor meu gosto aos outros.

A conclusão que chego sobre o colega que criticou: Era inveja. Até porque tanto ele como a Carolina tem o mesmo estilo literário. E sei que alguns autores pensam da seguinte maneira “Como aquele cara ousa escrever um livro para o público adolescente? Eu é que devo. Eu, somente EU tenho esse poder e ninguém mais” “Agora, só de raiva, vou perseguir o outro e vou criticar qualquer coisa que ele faça. Vou até criticar suas roupas, cabelo ou a posição que ele vai ao banheiro”.


Comentários

  1. Bem, como sempre friso, o mundo literário não é esse mar de rosas que os autores apresentam. Na maioria das vezes, nos deparamos com pessoas malucas para puxar o tapete alheio. É um jogo de interesses sem sentido, uma falsidade que não leva a nada... Enfim, já fui muito criticada COMO ESCRITORA por conta de um erro que não tinha nada a ver com meu talento. Quando ousei usar um pseudônimo, os mesmos que me criticaram COMO ESCRITORA, me elogiaram. Por quê? Porque não sabiam que era eu quem escrevia... Interessante, não?
    Catalina, admiro o seu talento e, principalmente, a sua coragem de expor suas opiniões e mandar às favas o povinho sem sal que só fala o que quer - e que depois foge para não escutar certas verdades.
    Parabéns pela resenha.
    Amei o novo layout do blog.
    Abraços =)

    ResponderExcluir
  2. Acho que td são fases da vida. Quando eu era adolescente só lia livros com finais perfeitos como Penny Jordan e deborah Simmons... etc... hoje, mais madura, não consigo ler essas obras.
    Acho que esse tipo de livro, com amores ideais, é pra jovens. Eu sinceramente não consigo gostar, mas acho que ele com certeza tem seu publico.

    ResponderExcluir
  3. Choquei agora com isso. Como assim, falar do livro e do autor dessa maneira? Todo mundo tem o direito de não gostar, mas querer depreciar a pessoa é muito feio. Tenho esse livro mas não me animei em ler, pois li algumas resenhas negativas sobre ele, mas ainda vou ler para tirar as minhas conclusões.

    http://blogprefacio.blogspot.com.br/

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